domingo, 6 de outubro de 2019

Um pouco sobre o Patrimônio Zero – PZ Parte I


Enquanto os aportes mensais não vem e eu não quito as dividas vou contar um pouco da minha história, um pouco dessa pequena jornada que temos nesse planeta chamado terra. Tudo começa no interior do estado onde eu nasci, sou mais velho de seis irmãos (é.. não tinha TV em casa) e criado por minha mãe e minha avó materna (mulheres que me ensinaram muitos valores que carregarei para a vida).

Bom, a vidinha pacata do interior foi a minha realidade e onde passei toda a minha infância e parte da minha adolescência, foi também quando eu decidir sair de casa aos 17 anos e desbravar o mundo lá fora (foi uma aventura e tanto, muitas dificuldades e muitos desafios que me fizeram a crescer e aprender muito.)
Era mais ou menos assim nossas brincadeiras.

Minha Infância


Era uma festa (e briga as vezes) você deve imaginar como deve ser uma família com seis irmãos como era a farra, crescemos em um lar humilde e com o conforto e a educação que minha mãe pode nos dar, não tínhamos muitos brinquedos e roupas boas, basicamente tínhamos coisas “novas” quando as pessoas doavam para a gente. Além dos meus irmãos, a rua em nosso bairro tinha mais uma molecada que brincávamos e convivíamos. Toda vez quando eu volto na cidade onde eu nasci faço questão de visitar os meus amigos de infância que ainda moram lá, nostalgia pura reviver essas lembranças... Você também deve estar se imaginado quando era criança, são ótimas lembranças não é? Não tínhamos preocupação com boletos, cheque especial, se o dólar caiu ou subiu se o IBOVESPA fechou em queda se está acima dos +100000k e essas preocupações da vida adulta.



Nossa única preocupação era chegar em casa da escola e ver desenho (DragonBall Z era o meu favorito) falando em desenho, eu me lembro de uma época que eu matava aula para ir embora mais cedo para casa e minha professora me fez fazer um acordo com ela (foi ai que eu aprendi que o bom homem que se preze tem que ter palavra...) ela me disse que seu eu não matasse mais aula, ela me daria um álbum de figurinhas do DragonBall (foi o melhor acordo que fiz na vida naquela época, pois conseguir um álbum era como se fosse a ostentação de ter um Iphone X hoje.), negócio fechado eu disse para ela. Ganhei o álbum, lembro que foi uma festa com os meus amigos.


O álbum que ganhei era um desses.

Outro fato que me marcou muito, foi em um natal que eu e meus irmãos ganhamos um churrasco dos pais de um amigo nosso que hoje não temos mais contato, esse amigo, o Davi não era da cidade, os pais dele tinha uma loja de eletrodomésticos na cidade e tinha um filho da nossa idade, ele tinha tudo o que não tínhamos (aquele tipo de amigo rico e você o pobre) mas tinha pais que sabiam o valor de compartilhar o que tinha com quem não tinha. Davi era bem mais novo do que eu e da idade do meu irmão mais novo, meu irmão mais novo não saia da casa dele.

Eu lembro que era quase natal e meu irmão chegou em casa e disse para minha mãe que os pais de Davi tinha nos dado um churrasco (imagina a nossa felicidade, nos fomos lá correndo buscar…) detalhe... não tínhamos geladeira em casa e eles tinha nos dados muito coisa, tivemos que pedir para guardar na geladeira de um vizinho. Foi um dos sentimentos que jamais vou esquecer e sempre que eu puder proporcionar isso a alguém eu farei. É um sentimento que marca, eu era criança e nunca esqueci, consigo lembrar em detalhes aquele dia.

Minha Adolescência


Estudei em escola pública a vida toda (infelizmente a nossa educação era muito precária, triste realidade brasileira) desde que comecei a ler, sempre gostei de ler e lia de tudo. Tenho prazer em ler, eu lembro que quando saímos, eu lia desde as placas de aluga-se em casas, até as faixadas de supermercado. Hoje eu sou prova viva que a força de vontade e a educação muda a vida das pessoas, crescemos em uma família pobre, mas isso nunca foi desculpa para sermos "vítimas", pelo contrário aquelas condições em que eu e meus irmãos crescemos, não seria como viveríamos pelo resto da vida, pois com um pouco de esforço e determinação é possível mudar o que você quiser.

Os livros me mostram um novo mundo, muita coisa eu aprendi nos livros me lembro que eu li um livro desses infanto juvenis lá por volta dos meus 13 anos, que contava a história de uma adolescentemente que tinha contraído o vírus HIV (eu me lembro que no livro dizia que a moça era soropositiva, eu não fazia ideia do que era aquilo. Só depois de uma boa e velha olhada no dicionário eu descobrir… Sim, dicionário a internet ainda não era a minha realidade.) Todo esse conhecimento me fez amadurecer muito cedo, eu acordei para a realidade muito precocemente (acho que foi aqui que eu comecei na corrida dos ratos…) eu comecei a perceber toda aquela dificuldade que minha mãe passava, comecei a entender o porque nos só vivianos mudando e não tínhamos uma casa e um lugar nosso.


 'A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original'. (Albert Einstein)
Porque eu não tinha roupas legais, porque não tinha bons calçados, e um monte de porquês surgiam um atrás do outro... Algumas dessas respostas eu só descobria mais tarde, e em um desespero de tentar entender algumas coisas a minha fonte de busca eram os livros, e se eu pudesse te indicar um livro caro leitor, esse livro seria o Poder sem Limites livro de Tony Robbins.

Esse foi o livro que mudou a minha vida a partir daquele dia. Eu não lembro em qual capítulo que o autor descreve que ele estava em uma banheira e que as coisas estavam ruim para ele, e ele narra como nos podemos superar as mais diversas adversidades que a vida nos impõe (sim, nos temos um poder sem limites) foi a partir desse dia que eu descobrir que tinha jeito, que eu posso decidir e mudar a minha vida para bem ou para mal. Jamais esquecerei o sentimento de mudança que me invadiu o corpo aquele dia, e até hoje (mesmo nunca tendo lido mais o livro) eu revivo quando passo por alguma dificuldade, lembro e revivo esse poder sem limite que temos e que eu chamo de força de vontade mais foco e determinação.

Tinha tudo para dar errado.


Como você já deve ter imaginado não foi nada fácil, eu e meus irmãos tínhamos tudo para dar errado. Pobres “vítimas” de um sistema, de uma sociedade desigual, mas não… Decidimos lutar contra tudo e contra todos, e provar para nós mesmos que nos somos responsáveis por nossa vida e nosso futuro, poderíamos ter entrado no submundo (drogas, crime e tudo de ruim que quiséssemos) mas não. Vencemos na vida? Eu diria que sim. Se olharmos as condições que vivíamos e onde estamos hoje, e as escolhas de alguns dos amigos que viveram a nossa mesma realidade e infelizmente fizeram a escolha errada e se perderam ao longo da vida. Outros que tinham tudo, mas também se perderam alguns morreram e por ai vai… Hoje eu sei que todas essas dificuldades que vivi me fez chegar onde estou, e me deu uma bagagem muito grande nessa jornada chamada vida.


Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.


Cada desafio, me fez ser quem eu sou hoje e vejo que cresci muito, afinal… Crescer dói e é lei natural da vida, não é atoa que o bebê chora muito quando seus primeiros dentes estão nascendo (lembro disso porque, como sou mais velho que meus irmãos minha mãe dizia seu irmãozinho está chorando muito é que está nascendo os dentes dele. Lembro do meu irmão mais novo com a mão na boca como se estivesse conçando a gengiva.) Nós somos o que escolhemos ser, se você está passando por alguma dificuldade, ou quando estiver com algum desafio lembre-se, crescer dói… É uma lei da vida, a dor não vai ser para sempre. Daqui a pouco você nem vai lembrar sequer, se eu perguntar ao meu irmão mais novo hoje o quanto o dente dele doía, ele não saberá responder.

Nossas dores (crescimento) na maioria das vezes são esquecidos nós guardamos e revivemos o que é bom, o crescimento em si. Pensar dessa forma faz com que você dê um novo significado a cada dificuldade que enfrentará, afinal você lembra o quanto doeu quando cresceu os seus primeiros dentes? Claro que não… Você CRESCEU.

Bom… Essa é uma pequena parte da história de vida do PZ, no próximo post eu conto um pouco de como foi decidir sair de casa e encarar o mundo lá fora sozinho. Até a próxima...

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Balanço de Setembro


Salve galera, estou vivo… Continuo firme e forte. Minha meta é escrever ao menos duas vezes por mês, mês passado foi muito corrido semana de prova coisas da faculdade e por ai vai. Bom, antes de mais nada quero deixar aqui minha gratidão, obrigado pelos comentários em especial ao AA40, Executivo InvestidorStark, o Acumulador Compulsivo ao Srif365 e a todos os outros que deixaram uma mensagem de apoio, obrigado. Imagino como deve ser a correria no dia a dia de vocês e receber uma mensagem de apoio de vocês é muito importante para mim isso me motiva muito, mais uma vez obrigado.

Valeu galera muito obrigado pela força...


Má notícia


Como eu disse no post do planejamento minha renda mensal era de R$ 1200,00, bom, as coisas não andaram muito bem no último mês e parte dessa renda vem (ou melhor vinha...) de um projeto que participo na faculdade dando aulas de um software de engenharia. Tivemos a triste notícia mês passado que o programa iria ser encerrado por não ter verbas para manter o curso. Acredito que a maioria de vocês devem saber, o governo congelou alguns recursos da educação e o dinheiro que matinha o projeto foi suspenso, com isso eu deixarei de ganhar R$ 500,00 a partir desse mês minha renda mensal será de R$ 700,00. Caraca 700 conto, como alguém consegue viver com isso? Você deve está se perguntando. Eu já vivi com bem menos que isso… E, acredite ou não era com R$ 200,00 e morando em uma capital, foi assim que me sustentei durante o tempo que fiz um curso técnico (4 anos) mas isso é papo para outro post. Voltando ao assunto, a professora-orientadora disse que o projeto vai retornar e que pode ser que receberemos a bolsa ainda esse mês. Se receberemos ou não eu não sei, o jeito é esperar…

#táosso

A boa notícia.



Dizem que é na crise que surgem grandes oportunidades e se isso é verdade ou não eu sei, me aconteceram vários eventos que me fizeram refletir sobre a possibilidade de conseguir uma renda extra. Os eventos que aconteceram foram engraçados e aleatórios que de certa forma se conectaram e tive uma ideia que pode dar certo e me render uma boa grana. Quando eu parei para pensar que realmente poderia dar certo, veio aquela vozinha que fica em nossa cabeça e disse: Mas você não tem dinheiro, não vai dar certo. No mesmo instante eu lembrei de algo que eu sempre falo, quem quer dá um jeito, quem não quer inventa uma desculpa... E os primeiros passos já foram dados, em breve eu conto mais detalhes vamos esperar os frutos da ideia surgirem.

No spoilers

As dívidas


Felizmente conseguir quitar parte das divididas que tinha planejado pagar mês passado, duas contas que juntas somaram R$ 310,00. Não é muito eu sei, mas foi o que deu para pagar e só de sentir a sensação de quitar as dividias (ou parte delas) é muito boa e ver a barrinha vermelha diminuindo não tem preço.

Meta do mês de Setembro.
Com a redução de minha renda e enquanto os frutos da ideia que tive não são colhidos minha estratégia agora será modificar o plano de quitação das dividias e replanejar de forma que eu possa pagar tudo que devo dentro do prazo estabelecido. Com isso, a meta era pagar R$ R$ 649,98 mês passado, conseguir executar quase metade da meta e ainda assim investir uma grana na ideia que tive que seria indispensável para a execução dela.

Saldo total das dividas R$ 6.890,83.

Com isso o saldo total das dívidas hoje é R$ 6.890,83 o que corresponde um redução de 4.30 % (melhor que nada né…) Bom, por hoje é isso pessoal até a próxima...